segunda-feira, 28 de maio de 2012

66% da carne de ovinos e caprinos do DF são clandestinas, diz governo

A Secretaria de Agricultura do DF calcula que das 50 toneladas de carne de ovinos e caprinos produzidas no DF, 33 são clandestinas. Segundo reportagem do Bom Dia DF (REDE GLOBO), os números indicam que 66 desse tipo de carne têm problemas no abatimento, transporte ou conservação, feitos em locais não autorizados e sem fiscalização.
Pelos cálculos da Secretaria de Agricultura, por ano são consumidas no DF 380 toneladas de carne de ovinos e caprinos. A maior parte vem de fora, principalmente do Rio Grande do Sul e Uruguai.
Na entrevista, foram feitas imagens com uma câmeta escondida que mostra a falta de cuidado com o alimento na Feira da Ceilandia. Em uma banca que vende carne de ovinos e caprinos, o funcionário não usa luvas e, pior, manipula o produto diretamente no chão.

Segue o link da entrevista

"O risco maior é a toxinfecção alimentar, que pode levar à morte. Mas existem outras doenças que são transmitidas dos animais para os seres humanos, causando uma série de problemas", afirma a diretora de inspeção da Secretaria de Agricultura, Cristyanne Taques.
O diretor do Sindicato dos Caprinos e Ovinos do DF, Ângelo Manzan Neto, diz que a quantidade de frigoríficos clandestinos é grande porque eles pagam mais ao produtor: até R$ 16,00 pelo Kg da carcaça de um cordeiro. Os quatro frigoríficos autorizados pagam R$12,00, pois os gastos com higiene e os impostor pesam na hora da conta.
Manzan acredita que a solução é criar um abatedouro oficial, em forma de cooperativa, onde os produtores seriam sócios. "Se tivéssemos um frigorífico aqui que pagasse um preço mais justo ao produtor, dobraria a quantidade. Além de eles mesmos abaterem os animais deles, teriam uma participação nos lucros do frigorífico."
O consutor de vendas Elano dos Santos come carne de cordeito desde criança. Ele compra pelo menos uma vez por semana, mais só se o produto estiver bem embalado, refrigerado e, principalmente, com o selo SIF do Ministério da Agricultura, que atesta a qualidade.

"Procurar sempre um produto que seja "sifado", embalando a vácuo e que tenha procedência de um local que você conheça", indica o consumidor.

Em uma loja da Asa Norte, a carne de cordeiro representa 40% das vendas e a procura tem crescido. A dona do estabelicimento, Claúdia Santos, afirma que, quando a origem do alimento é duvidosa, até o sabor fica diferente.

Fonte: Rede Glob

Postado por Drª Mariana Goulart Manzan - Médica Veterinária

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