sábado, 20 de julho de 2013

domingo, 14 de julho de 2013

Muito Além da Coceira


O prurido, conhecido entre nós como a "coceira" ´é, de longe, uma das queixas mais comuns na clínica de pequenos animais. Como acontece na maioria das queixas comuns, podem ser tratadas com pouca atenção, levando o animal a ser submetido a várias tentativas até chegar - se é que chega - a um tratamento eficaz.

Para o proprietário, que normalmente não tem muito conhecimento do assunto, o prurido costuma estar ligado a alergia e principalmente sarna. É preciso desmistificar as lendas a respeito das "coceirinhas" que o animal sente e isso começa no questionamento a respeito dos costumes do animal.

Quando a queixa é prurido e o veterinário pergunta o quanto o animal se coça, por motivos óbvios o proprietário vai afirmar que ele coça muito, se assim não fosse, não o levaria à consulta. Como “muito” é variável, o ideal é propor uma “nota”: de 0 a 10, onde 0 não coça nada e 10 não consegue dormir de tanto que se coça, qual é a nota para a coceira desse animal? Ainda nos questionamentos, os hábitos são muito importantes. É preciso saber como esse animal se comporta, qual é sua alimentação, qual é a frequência dos banhos, quais produtos são utilizados nos banhos, se ele tem contato com outros animais, acesso à rua ou infestação por parasitas (como pulgas e carrapatos), se o proprietário também está se coçando, entre outros.

No exame físico o veterinário deve avaliar a saúde da pele, localização de lesões, assim como a presença de feridas. Algumas lesões são características de fungos, alguns locais acometidos são clássicos em casos de sarna, presença de pulgas pode causar dermatite alérgica à picada de pulgas (DAPP), que desencadeia várias lesões em pele, por isso o exame físico é essencial e deve ser o mais completo possível.

Não menos importante que o exame físico, temos os exames complementares. Raspados de pele, citologias, biópsias e outros exames são amplamente utilizados para diagnosticar acometimentos de pele, uma vez que eles são muito parecidos à olho nu. Além disso, muitas são as bactérias oportunistas que acompanham lesões de pele, dificultando o diagnóstico e piorando quadros que seriam facilmente solucionados isoladamente. Por isso, lançar mão destes exames é imprescindível nas consultas dermatológicas!

Chegando a um diagnóstico preciso, é necessário muito conhecimento e bom senso para o tratamento. Nos dias de hoje se torna desnecessário o uso de produtos tóxicos (como acontece na sarna) ou arriscar-se ao erro no cálculo de dosagens, já que temos à nossa disposição excelentes farmácias de manipulação veterinária. Sem dúvida o primeiro passo é livrar o animal de ectoparasitas, usando a medicação de preferência do veterinário, sendo os “spots” de aplicação única uma excelente opção.

 Seguindo o controle de parasitas, a alimentação deve ser avaliada e ajustada, ainda que a causa de base já esteja esclarecida e não seja alimentar. De forma específica, trata-se então do problema de pele com medicamentos específicos. Temos uma gama de antibióticos, antiinflamatórios, shampoos, soluções, pomadas e outros medicamentos que respondem a determinados agentes de maneira acurada e controlada.
Vale lembrar que a alimentação do animal corresponde diretamente à saúde da sua pele. Salvo poucos casos de animais alérgicos, cães e gatos devem ter acesso apenas à ração, e ração de qualidade, preferencialmente específicas para seu porte físico, hábitos e tipo de pelo!


Postado por Drª Debora Soares - Médica Veterinária

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Equoterapia

A Equoterapia é um método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais.
A equoterapia emprega o cavalo como agente promotor de ganhos a nível físico e psíquico. Esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo,assim, para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.

A interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final desenvolvem, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.

Este tipo de terapia teve seu reconhecimento institucional, pelas seguintes instituições:
*Conselho Federal de Medicina (6 de abril de 1997)
*Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (27 de março de 2008)
*Secretaria de Educação do Distrito Federal

A Equoterapia possui algumas modalidades de terapia, que são:
*Hipoterapia
*Educação / Reeducação
*Pré-Esportivo
*Prática Esportiva Paraequestre

Praticante de Equoterapia é o termo utilizado para designar a pessoa com deficiência ou com necessidades especiais quando em atividade equoterápica. Nesta situação, o sujeito do processo participa de sua reabilitação, na medida em que interage com o cavalo. Gerando grande desenvolvimento e beneficios para o praticante.





Postado por Dr Mário Henrique Santelli - Médico Veterinário