quinta-feira, 27 de junho de 2013

O Amigo Cão Guia

Esses tão simpáticos e responsáveis cães trazem com eles uma enorme função social e emocional para os deficientes visuais.
São eles que dão segurança para que os deficientes visuais se locomovam, dão equilibrio físico e emocional, auto-estima e, como todo cão, amizade e companhia incondicionais.
As raças mais utilizadas para essa linda função são: Pastor Alemão, Labrador e Golden. Porém, qualquer cão pode ser treinado e se tornar apto.
Os CÃO-GUIA não são como cães "normais". Para exercerem essa função eles passam por uma seleção genética e comportamental. Após a seleção, eles passam por um processo de socialização, entre os 3 meses a 1 ano de idade. Durante a socialização eles aprendem o convívio social, urinar e defecar em locais e horários pré-determinados, entre outras.
Um CÃO-GUIA está apto em 16 meses (podendo esse prazo estender-se até os 21 meses).
Após todo o treinamento, o cão estará apto a identificar o movimento do trânsito, pedestres, desviar de objetos e situações inesperadas (como buracos), localizar a saída e entrada de estabelecimentos, banheiros, escadas, etc.
Existem leis federais que permitem os deficientes visuais estarem com seu CÃO-GUIA em TODO e QUALQUER estabelecimento, incluindo mercados, hoteis e restaurantes.



Estabelecimentos que impeçam a entrada do cão são PUNIDOS perante a lei.

Ao encontrar um cachorro especial como esse, não devemos distraí-los (parece até chato, mas devemos ignorá-los para que não atrapalhemos seu trabalho); O cão estará sempre a esquerda do deficiente visual, portanto ao conversar com eles devemos sempre nos aproximar pelo lado direito.



Postado por Drª Desirée Schiffer Mariotti - Médica Veterinária





quarta-feira, 5 de junho de 2013

Eliminando o Carrapato

Hoje em dia é muito comum ver pessoas passeando com os seus cachorrinhos nas ruas e nos parques. Embora seja muito saudável esse hábito, é necessário ter cuidado, afinal, nesses passeios os cachorros ficam muito expostos a ação dos carrapatos.

Mas o que são carrapatos?
Carrapatos são parasitas externos, que se alimentam do sangue do hospedeiro (animais silvestres, domésticos e inclusive o homem). Podem ser encontrados tanto no ambiente quanto na superfície da pele dos animais.
Na hora de se alimentarem os carrapatos introduzem o seu aparelho sugador na pele e, durante horas, alimenta-se do sangue do hospedeiro. Após a alimentação, desprende-se voluntariamente e cai no solo para seguir o seu ciclo e, com isso, eles provocam lesões nas peles, causando reação alérgica. No caso dos bovinos, essas lesões podem até mesmo causar desvalorização do couro.
A ingestão de grande quantidade de sangue também pode causar anemia e um estado de fraqueza nos animais.
Os carrapatos também podem transmitir doenças causadas por protozoários, bactérias e vírus, no caso dos cães pode transmitir a Babesiose e a Erliquiose (não são zoonoses).
Outra doença que pode ser transmitida pelo carrapato é a Febre Maculosa (pode ser transmitida para o homem), que é causada por uma bactéria transmitida pelo “carrapato de cavalo” ou “carrapato estrela”.

E como combater o carrapato?
O carrapato não é um problema só do animal, mas sim do ambiente. Combate-lo é difícil, você pode eliminá-lo do cão facilmente com banhos carrapaticidas, porém, o inimigo que você não vê são os ovos e as larvas que ficam no ambiente e nele sobrevivem durante meses.
Um combate eficaz ao carrapato inclui:
No animal:
1.       Banhos carrapaticidas: quando a infestação é grande, repetir os banhos a cada 15 dias;
2.       Animais de pêlos longos devem ser tosados no verão;
3.       Produtos carrapaticidas de longa duração.

No ambiente:
1. Usar carrapaticidas: aplicar nos canis, casinha dos cães, repetir o tratamento a cada 15 dias;
2.  Em canis de alvenaria, o uso da “vassoura de fogo” é muito eficaz.
3. Mude de produto a cada 2 ou 3 aplicações, para que o carrapato não desenvolva resistência e o tratamento passe a ser ineficaz.

Importante:
1.       Filhotes, fêmeas gestantes e gatos não devem ser banhados com produtos carrapaticidas;
2.       CONSULTE O VETERINÁRIO antes de usar qualquer produto;
3.     Tomar cuidado para que o animal não lamba o produto durante o banho, a ingestão pode causar intoxicação grave;
4.       Animais com ferimentos abertos não devem ser tratados;
5.    Retire os animais do ambiente que irá receber o tratamento contra carrapatos até que o produto usado seque completamente.

 Obs: Não adianta tratar o animal e não tratar o ambiente onde ele vive, afinal, o carrapato só sobe no animal para se alimentar, pois todas as fases de vida dele ocorrem no ambiente.





 Postado por: Drª Mariana Goulart Manzan - Médica Veterinária